Francesco Petrarca

28-07-2010 20:55

Exilado político, o pai de Petrarca refugiou-se durante um tempo em Arezzo e, em 1312, transferiu-se para Avignon, na França, que era então a sede do Papado, servindo junto à corte pontifícia. Seu filhos Francesco e Gherardo seguiram os estudos jurídicos, iniciados em Montpellier (França) em 1316 e concluídos em Bolonha, em 1326.

Francesco retornou a Avignon após a morte do pai e freqüentava a alta sociedade local. Em 6 de abril de 1327, na igreja de Santa Clara, viu pela primeira vez a mulher que amou por toda a vida e que imortalizou em sua obra poética em italiano: Laura, tradicionalmente identificada com uma certa Laura de Noves, esposa de um nobre francês.

Por volta de 1330, entrou para o clero, tendo como finalidade obter uma renda segura, como era muito comum no fim da Idade Média. Nessa condição, tornou-se amigo e protegido da poderosa família Colonna (cujo poder se estendia à Itália, França e Provença). Assim, fez parte da corte do Cardeal Giacomo Colonna e tornou-se capelão do castelo de Giovanni Colonna.

Devido à proteção dessa família, entrou em contato com os mais importantes intelectuais de seu tempo, pôde estudar e possuir livros caros e raros, além do reconhecimento público de sua obra poética. De fato, recebeu uma coroa de louros como poeta, de onde veio a expressão "poeta laureado", em 18 de abril de 1341, cerimônia que, embora comum na Antigüidade clássica, era celebrada pela primeira vez naquela época.

Na biografia de Petrarca se evidencia uma inquietude que o levou a viajar por grande parte da Itália e da Europa, visitando bibliotecas, lugares e monumentos antigos. Periodicamente, porém, recolhia-se em lugares solitários para meditar ou escrever. A partir dos anos 1340 sua fama aumenta cada vez mais e ele é acolhido com honra em todos os lugares e mantinha contato com várias famílias italianas nobres.

Após 1350, estreitou amizade com Giovanni Boccaccio, que o considerava seu mestre espiritual e cultural. Ainda assim, vivia cada vez mais recolhido e recusou diversos cargos honoríficos, até o de secretário do cardeal de Provença, que lhe foi oferecido pelo papa. Seu recolhimento aumentou com a morte precoce de seu filho Giovanni e de Laura, em 1348, em virtude da peste que assolou a Europa naqueles anos. Além disso, aborrecia-se com a falta de renovação política e com o agravamento da corrupção eclesiástica.

Estabeleceu-se definitivamente na Comuna de Arquà, em 1370, onde morreria quatro anos depois. A obra que lhe deu definitivamente fama foram os poemas em italiano, língua da qual, juntamente com Dante e com outros poetas da Toscana, foi um aprimorador. Os 366 textos, compostos ao longo de toda sua vida, foram recolhidos no "Cancioneiro". Além disso, escreveu várias outras obras em latim.

 

 

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